A classe méRdia não gosta de escracho. Ou: não incomodem o general
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O Brasil de Lula e Olavo de Carvalho criou uma figura absolutamente paradoxal e que a história, a sociologia, a ciência política e nem mesmo a antropologia conseguiram ainda definir: o jovem conservador. Botar Lula e Olavo de Carvalho na mesma frase parece tão estranho como a expressão jovem conservador, já que os pares de conceitos são absolutamente antagônicos entre si. Acontece que o tempo de governo central do PT, que inclui os dois mandatos de Lula e o mandato e meio de Dilma, meio que entortou a cabeça de certa juventude das classes médias e altas, que, instruída pelo subdimensionado Olavo de Carvalho, se viu impelida a se posicionar contra um governo de (muito ao centro) esquerda. É próprio da juventude ser do contra, ser revolucionária, e por isso é chocante a imagem do jovem conservador, mas num contexto político em que um partido com raízes na esquerda emplaca três mandatos e meio as coisas começam a se explicar melhor. Contra quem a juventude iria direcionar as suas baterias...