Janja, uma Silva. Ou: mais uma sobre o amor


 


Parece que o amor da vênus platinada não era sincero. Bastou que o presidente Lula mexesse com os interesses da tchurma e começaram as críticas. Mas o poderoso mercado e seu temperamento sensível - pero no mucho - é assunto pra outro momento. O governo Lula recém começou, então não vamos alimentar crises exógenas desde já. O que importa falar agora é de maquiagem se diluindo. E de imagem sem maquiagem. 

Janja se chama Rosângela, e já se chamava assim antes de assumir o forte, poderoso e belo nome Lula da Silva. E como Rosângela, ou Janja, o que ela preferir, se fez socióloga e militou pelos direitos das mulheres, dos animais, se filiou ao Partido dos Trabalhadores, construiu uma vida e uma carreira profissional e política. 

Lula, antes de amorosamente emprestar o nome para a esposa, foi casado perto de meio século com dona Marisa Letícia. Não se sabe de nenhuma relação extraconjugal do presidente, mas, se se soubesse não mudaria grande coisa. O fato é que Lula é um homem de família. Família, palavra que andou tão em voga, cinicamente em moda, durante o (des)governo anterior. 

Janja é bela, como (quase) toda mulher. Se é recatada, não me importa, mas sei que ela não é do lar. A minha Mãe era, do lar, e tinha os seus recatos. Também sabia perder o recato quando achava que era preciso. E era bela, muito bela, mesmo quando perdia o recato. Então o que faz uma mulher ser bela? Talvez seja mais fácil tentar saber o que faz uma mulher não ser bela, já que beleza é algo que nasce com a mulher. Algumas perdem a beleza durante a vida, mas, pensando bem, pra que perder tempo também com isso? São a exceção, deixemos pra lá.

Eliane Cantanhêde tem suas belezas, mas não sei se é recatada e nem pretendo descobrir. Com tantas coisas que sei que não vou conseguir fazer na vida, não me interessa arrumar mais essa. Não acompanho a carreira dela e o trabalho jornalístico que faz, mas suponho que alguma competência ela tenha. Querendo eu ou não - e até nem sei se não quero -, a Globonews existe e pra trabalhar lá não dá pra ser incompetente. Flávia Oliveira, belíssima, é a prova. Ela, Flávia, e André Trigueiro me fazem quase concluir que, na verdade, quero que a Globonews siga. Se não por outra razão, por quanta gente bela ia ficar desempregada se ela deixasse de existir. Meu(s) amigo(s) comunista(s) virá(ão) com paus e pedras sobre mim depois dessa. Se bem que ele(s) também ve(ê)m quando eu digo que gosto da Dilma.

Bela ou não, recatada ou não, certamente sem ser do lar, Lili, como é carinhosamente chamada por colegas, pisou feio na bola. Muito feio. Mas ela tem direito a isso. Vivemos numa democracia e as pessoas podem expressar livremente a sua opinião, mesmo que essa opinião revele a face mais cruel de uma cultura, que, neste caso, se mostra machista, mais ainda quando reproduzida por uma mulher, mas que também é racista, lgbtfóbica, e não gosta de pobres, como o mercado, que não se abala com a fome de 30 milhões, mas fica nervoso quando o presidente da república fala que a solução da fome não se regula por ajustes fiscais e outras tecnocracias que só servem para enriquecer quem já é bem rico. 

Janja não vai ser primeira-dama. Talvez nem vá ser dama. Ela vai ser Janja. A que esteve com Lula na prisão e a que ajudou o ex-presidiário, e é lindo que o seja nesse contexto, a ser novamente presidente do BraSil. 

Eu não sou Silva, mas sou Janja! 

E o mercado que vá à merda!

Imagem de destaque copiada de: https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/politica/2022/10/janja-e-lula-conheca-a-trajetoria-e-o-que-esperar-da-nova-primeira-da.html. Acesso em: 13 de nov 2022.

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