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Mostrando postagens de maio, 2025

Ponha-se no seu lugar!

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É um lugar comum entre as pessoas que fazem análises políticas dizer que a queda rumo ao fundo poço começou quando um obscuro deputado federal dedicou o voto pela cassação de uma presidenta, que não cometeu crime para tal pena, a um dos maiores criminosos da história mundial. Têm razão aqueles que dizem que Jair Bolsonaro deveria ter saído algemado daquela maldita sessão parlamentar, mas enganam-se ao achar que foi ali o começo da desgraça. O inferno brasileiro, na melhor acepção dantesca, começou muito antes. Talvez tenha sido quando o último ditador dos anos 1980 disse que preferia o cheiro dos cavalos ao cheiro do povo; ou ainda quando uma governante assina a lei talvez mais importante da história do país com apenas dois artigos, sendo que um deles é apenas formal, e nada mais; pode não ser absurdo pensar que a ruína do país chamado Brasil começou mesmo antes dele ser assim batizado, lá por abril de 1500. Os intérpretes do Brasil estão se debatendo sobre essas questões pelo menos de...

Antítese e símbolo

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  Certa feita, por ocasião da inauguração de um famoso bar já extinto em Porto Alegre, então governador do estado, Olívio Dutra chegou ao local e, acompanhado de sua esposa, Judite, dirigiu-se à entrada VIP. O porteiro pediu identificação e ele disse que era Olívio Dutra, aposentado do Banrisul. O funcionário do bar orientou que ele entrasse na fila normal (a inauguração foi muito concorrida). E ele obedeceu, mas quando estava voltando, foi chamado novamente, porque alguém havia alertado o porteiro sobre quem era aquela pessoa. Dizem que ele ainda falou pro segurança, que apresentava as desculpas do bar, que ninguém tinha a obrigação de saber que ele era governador, bastando que soubesse o que o governador fazia pelo povo. Não sei se a história aí de cima é verdadeira, mas sei que já tive a oportunidade de estar no mesmo ambiente que o Olívio em algumas ocasiões, em três ou quatro oportunidades até mesmo de conversar com ele, e posso dizer que é uma das pessoas públicas mais simple...

O Parque Gigante está à venda? (O tempo dirá...)

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A passagem do tempo nunca é absoluta. Um minuto pode equivaler a um mês e um ano pode correr como se fosse um segundo. Na manhã de 17 de dezembro de 2006, houve momentos em que 30 segundos pareciam durar uma eternidade. E já lá se vão quase 20 anos daquele momento mágico. Por outro lado, no âmbito da política do Internacional, a impressão que se tem é que uma década passou voando. Tanto que quase não percebemos e ainda estamos às voltas para entender como um grupo de pessoas que tinham em comum o amor pelo Inter e como lugar de encontro o concreto da arquibancada, e por isso deram vida a um movimento que abalou as estruturas do ambiente político do Internacional, passou tão rapidamente de uma verdadeira revolução no futebol, referência dentro e fora das dependências do Beira-Rio, a mais do mesmo, ou, na verdade, a algo muito pior do que o mesmo.  Há 10 anos, no começo de 2015, O Povo do Clube começava a sua trajetória oficial na política do Inter, com a entrada dos primeiros e ...